sábado, 10 de novembro de 2012

Cake like Lady Gaga!

Castelo medieval, 20 trocas de figurinos, banda ao vivo, dançarinos milimetricamente coreografados, um setlist respeitável e uma vagina gigante.

Bizarrices a parte, Lady Gaga desembarcou no Brasil para mostrar que sabe o que faz no palco. E sabe mesmo. Com pouquíssimas bases pré-gravadas, uma voz incrivelmente afinada e extensas declarações aos fãs brasileiros, a Mother Monster surpreendeu até mesmo os que foram ao show apenas por conseguirem ingressos gratuitos ou pela metade do preço. Como eu.

Sem nenhum exagero e ainda que debaixo de forte chuva por duas horas e meia, a Born This Way Ball fez pular, gritar, rir e dançar um público de quase 40 mil pessoas num espetáculo impecável.

"Just put your paws up!"


V.B.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Yes, we (still) can!

Certamente, Martin Luther King e Malcon X estariam orgulhosos de Obama. Eu estou. Ainda que longe de abraçar o patriotismo estadunidense cada mais vez exacerbado e sem crer na ilusão propagandista de que os Estados Unidos da América seja o melhor lugar para se viver com liberdade, a vitória de Barack Obama me emocionou profundamente.

Nunca foi tão difícil enxergar que a figura do negro é e sempre foi um fardo em qualquer sociedade que insiste em definir o caráter e a capacidade de um ser humano pela cor de sua pele. É assim no Brasil, nos EUA e em qualquer canto deste planeta. Obama, entretanto, rema contra a maré.

O exagero midiático, por sua vez, é dispensável. Obama não é o Messias. Não é o Salvador. Obama não é Deus. Indubitavelmente, Obama é a mudança, é o novo, é o diferente. O primeiro presidente negro dos EUA é a personificação da possibilidade. Pela segunda vez e por mais quatro anos.